O caso do desenvolvedor Marak, autor da biblioteca faker.js (veja no GitHub e HN) é leitura obrigatória para quem está interessado em projetos de código aberto. A discussão é complexa, envolvendo o oportunismo de grandes empresas e a necessidade de apoiar coletivamente projetos que beneficiam a comunidade.
Meu comentário favorito na discussão:
1. Release under a permissive license (MIT, BSD) and:
- Have everyone and their grandma use it.
- Die poor2. Release under a copyleft license (GPL) and:
- No company is going to use or contribute to it, unless they can somehow clearly separate it from what they see as their intellectual property. Or just hide it where nobody sees it.
- Die poor3. Release it under a commercial license and:
- Get bashed on HN for doing so
- Nobody uses it
- Probably die poor4. Dual license it as GPL and commercial and:
- Sue everybody as they are just taking the GPL version and never looking back. Especially if they can hide it somewhere
- Die poorPick your poison.
— jgilias
Estou fazendo esforços para organizar e abrir códigos-fonte (principalmente em R) e bases de dados das pesquisas desenvolvidas no Loop. A Ufes, como muitas universidades, oferece apoio para o registro de software.
Até hoje, registramos apenas aplicativos desenvolvidos para a área de saúde, em parceria com o projeto CuidarTech do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Ufes. Estes aplicativos ainda não estão nas lojas de apps, principalmente (mas não exclusivamente) em razão das dúvidas sobre como oferecer suporte aos usuários e garantir aperfeiçoamentos futuros.
Nossos projetos são financiados por bolsas e editais de fomento que, uma vez encerrados, precisam ser substituídos por outras fontes de recursos para garantir manutenção e melhorias. Solicitar financiamento para “manter” projetos concluídos não tem o mesmo glamour, então o caminho acaba sendo propor novos projetos para financiar a sobrevida dos anteriores. Mais serviços e menos recursos.
Esta situação seria diferente se os direitos ou serviços associados a software gerassem receita na iniciativa privada, incluindo pessoas físicas e financiamento coletivo. Até hoje, minhas tentativas de captação de recursos privados e prestação de serviços na universidade envolveram fundações de apoio. O processo não é trivial. São muitas dificuldades e os problemas existem aos montes.
Antes morrer pobre que devendo ao erário.